top of page

As Castas do Dão

Alfrocheiro

É na região do Dão que a casta Alfrocheiro tem maior expressão. Presente em muitos dos vinhos da região, é considerada uma casta de elevada qualidade por vários enólogos. A casta Alfrocheiro é bastante fértil, daí a necessidade de controlar a sua produção, para que os bagos não percam qualidades, como a cor. É também importante controlar a vindima desta casta, pois apresenta uma maturação precoce e é bastante susceptível a doenças, nomeadamente à podridão. Esta casta produz vinhos de cor muito intensa e com aromas que recordam flores silvestres, amoras maduras e especiarias.

 

 

 

 

Jaen

A casta Jaen é cultivada em terras lusas desde a segunda metade do século XIX. É uma casta muito comum no Dão e pensa-se que terá sido trazida para a região através dos peregrinos que rumavam a Santiago de Compostela. A Jaen além de produzir generosamente é também uma casta de maturação precoce. É bastante sensível ao míldio e à prodridão. Os vinhos produzidos a partir da casta Jaen são essencialmente caracterizados pela sua cor intensa, baixa acidez e aromas intensos a frutos vermelhos.

 

 

 

 

 

 

Tinta Roriz 

 

A Tinta Roriz é uma das castas mais conhecidas da Península Ibérica. Originária de Espanha, onde toma o nome de "Tempranillo", é também conhecida por Aragonês. É uma casta muito adaptável a diferentes climas e solos, por isso o seu cultivo tem aumentado e alargado para as regiões do Dão, Ribatejo e Estremadura. Para as características da casta Tinta Roriz serem excelentes, a sua produção tem de ser controlada. As condições ideais são solos arenosos e argilo-calcários em climas quentes e secos, para que a produção seja menor e os bagos mais concentrados. Esta casta origina vinhos de elevado teor alcoólico, de baixa acidez e indicados para envelhecer, sendo muito resistentes à oxidação.

 

 

 

Touriga Nacional

 

É uma casta nobre e muito apreciada em Portugal. Inicialmente cultivada na região do Dão, rapidamente foi expandida à zona do Douro para ser utilizada na produção de vinho do Porto. Recentemente, os produtores descobriram o valor da Touriga Nacional na produção de vinhos de mesa tintos e o seu cultivo foi alargado para outras regiões como o Alentejo. É uma casta de pouca produção: possui cachos abundantes, mas pequenos. Os bagos têm uma elevada concentração de açúcar, cor e aromas. Os vinhos produzidos ou misturados com a casta Touriga Nacional são bastante equilibrados, alcoólicos e com boa capacidade de envelhecimento.

 

 

 

 

 

 

Trincadeira

 

A Trincadeira é uma casta que apresenta cachos médios e compactos e bagos médios e arredondados. É sensível às doenças e à podridão (se os bagos apanharem chuva apodrecem facilmente), por isso desenvolve-se melhor em climas secos e muito quentes. Os vinhos produzidos são ricos em cor e aromas (especialmente frutados e vegetais), ligeiramente alcoólicos e com boas condições para o envelhecimento. 

 

 

 

 

 

 

Encruzado

 

O cultivo da casta Encruzado é praticamente exclusivo da zona do Dão, sendo provavelmente a melhor casta branca plantada na região. É utilizada na produção da maioria dos vinhos brancos através de vinhos de lote ou de vinhos monovarietais. Esta tem uma boa produção e é bastante equilibrada em açúcar e acidez. Por outro lado, é muito sensível à podridão e a condições climatéricas desfavoráveis (chuva e vento). Os vinhos compostos por esta casta são muito aromáticos e de sabor acentuado. Apresentam uma longevidade fora do comum, uma vez que podem conservar-se em garrafa durante muitos anos.

 

 

 

 

 

 

Malvasina Fina

 

A Malvasina Fina é uma casta muito cosmopolita, que encontra no Dão condições climáticas que lhe permitem expressar todas as suas potencialidades, sendo por isso a mais cultivada na região. O seu cacho é médio e frouxo e os bagos são pequenos, heterogéneos e com epiderme verde amarelada com média pruína. Possibilita a obtenção de vinhos de cor citrina, com aromas intensos, apesar de simples, dominados pelas tonalidades florais, com acidez equilibrada e um final elegante, ainda que de média persistência. Possui um bom potencial para envelhecimento, com os seus vinhos a apresentar um “bouquet” extraordinário, passando a sua cor a amarelo palha, sendo de realçar a complexidade dos seus aromas associados a uma finura, equilíbrio e elegância. Misturado com outras castas do Dão imprime-lhe a “tipicidade” e a personalidade própria dos vinhos brancos da região.

 

bottom of page