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Foral Manuelino 1514

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São inúmeras as provas arqueológicas e que comprovam a antiguidade de Canas de Senhorim enquanto lugar habitado que vem desde o  Neolítico Antigo, com habitats no Penedo da Penha e na Quinta do Soito. No Megalitismo há a Orca das Pramelas como um dos dólmens mais antigos desta região centro e, no Calcolítico, o sitio arqueológico da Corujeira é um importante vestigio.  A época romana está evidenciada com inúmeros vestígios na Raposeira, no Fojo, no Casal e na Urgeiriça com estudos amplamente divulgados e cuja grande parte das peças se podem visitar na Sala Museu de Canas.

 

Um dos mais antigos documentos escritos sobre Canas de Senhorim surge em 1186 numa Carta de Couto, que desintegra a Vila de Canas da terra de Senhorim, na qual D. Sancho I faz a doação a D. João Pires, Bispo de Viseu, de …«todas as calúnias (multas), [...] todas as portagens donde quer que vierem aí, [...] e todos os direitos reais que nos pertenciam, para vós, em perpétuo, e para todos os que depois da vossa morte quiserdes nomear e instituir por herdeiros».

 

O cabido que lhe sucedeu, deu por foral de Abril de 1196, o mencionado Couto aos seus povoadores.

“In Nomine Dey Amen.= Esta he a carta do foro a qual eu a saber Deam a Igreia de Vizeu sem sembla com o Cabbido da dita Igreia Mandey fazer a vos povoadores de Cannas de Senhorim, convem a saber que dedes a nos outava parte do pam e do vinho convem a saber meterse o pé no lagar por três vezes e assim destas herdades que hora sam rotas como das que se depois romperem dardes em a outava parte…”

 

Nas Inquirições de 1258 feitas no Reinado de D. Afonso III, foram descritos os limites da seguinte forma:  “dixit quod terminus de Canas partit cum Asnelas per Moledo de Travazos et per fogium veterem de Fernando Johannis et passat stratam et vadit per valem de Oriariza quomodo intrat in Carregal et vadit ad Mondegum ad fontem de Caldas”.

 

Recebeu em 30 de Março de 1514, Foral de D. Manuel I, cuja propriedade foi declarada livre, sujeita apenas ao pagamento de géneros ao Cabido, donde terá resultado algum desafogo para os habitantes locais. Passou então a governar-se como concelho pertencente à Coroa.

 

“Dom Manuel por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves daquém e dalém mar em África senhor da Guiné e da conquista navegação comércio de Etiópia Arábia Pérsia e da Índia a quantos esta nossa carta de foral dado ao lugar de Canas de Senhorim para sempre virem fazemos saber que…”:

Todo este historial remete-nos para um imaginário repleto de lendas e fantasias que o projecto da Viagem Medieval pretendeu recriar desde 7 de Novembro de 1993 e que tinha como objetivo: “animação cultural de espaços públicos com valor histórico” na Rua Keil do Amaral, do Cruzeiro ao Pelourinho.

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